CÂNCER HEPÁTICO
E TUMORES GASTROINTESTINAIS
É preciso falar sobre o Carcinoma Hepatocelular (CHC) e os Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST). Entenda as diferenças.
Carcinoma Hepatocelular (CHC)
O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é o quinto tipo de câncer mais comum em homens e o sétimo em mulheres, mundialmente, e estima-se que represente, aproximadamente, 5% de todos os casos de câncer. É um tumor agressivo e leva à morte rapidamente, após o início dos sintomas, sendo a terceira maior causa de morte por câncer
no mundo.
No Brasil, o CHC é um câncer menos comum na população e 98% dos pacientes de Carcinoma Hepatocelular apresentam cirrose no momento do diagnóstico, sendo que 54% são portadores de hepatite C.
Entre 2011 e 2015 foram registrados 44.541 casos de morte por CHC no Brasil, de acordo com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Segundo dados do DATASUS, entre julho de 2014 e junho de 2015, 5.487 pacientes foram diagnosticados com CHC e desses, a maioria era homem (57%), com uma média de idade de 59 anos e, aproximadamente, 90% dos pacientes diagnosticados com CHC vinham de áreas urbanas, o que sugere uma dificuldade de acesso ao diagnóstico por parte da população rural. Em termos de distribuição regional, a maior concentração relativa de pacientes diagnosticados com CHC no período analisado está no Sul e no Sudeste, principalmente no Rio Grande do Sul, possivelmente por conta do subdiagnóstico da doença nas demais regiões, além da migração de pacientes para tratamento em centros das regiões Sul e Sudeste. Além disso, entre os pacientes registrados no período analisado, aproximadamente 88% não haviam sido previamente diagnosticados com doenças de base como cirrose, HCV ou HBV, o que mostra um diagnóstico tardio não só de CHC, mas também de outras doenças
hepáticas importantes.
De acordo com os dados do DATASUS, apenas 10% dos diagnósticos foram feitos em estágios iniciais e 62% já em estágio muito avançado, para os quais apenas tratamentos paliativos eram recomendados.
Se você já teve hepatite, histórico de consumo excessivo de álcool ou qualquer outro fator de risco, procure seu médico, pois a vigilância nesses casos é essencial.no mundo.
No Brasil, o CHC é um câncer menos comum na população e 98% dos pacientes de Carcinoma Hepatocelular apresentam cirrose no momento do diagnóstico, sendo que 54% são portadores de hepatite C.
FATORES DE RISCO
Os principais fatores de risco para CHC são infecções pelos vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV), cirrose relacionada ao consumo excessivo de álcool e esteatose hepática não alcoólica (NAFLD – do inglês Non-alcoholic fatty liver disease), que consiste em um acúmulo prejudicial de gordura no fígado. Por ser uma doença silenciosa, assim como seus fatores de risco, o diagnóstico de CHC é tardio e, em muitos casos, o tratamento apresenta resultados limitados. O CHC é uma doença agressiva e como as opções de tratamento disponíveis para as fases mais avançadas não possibilitam a cura, a prevenção e o diagnóstico precoce se tornam essenciais para combatê-lo.
Fonte: Epidemiological and Clinical Patterns of Newly Diagnosed Hepatocellular Carcinoma in Brazil: the Need for Liver Disease Screening Programs Based on Real-World Data (DOI: 10.1007/s12029-020-00508-7)
http://link.springer.com/article/10.1007/s12029-020-00508-7
TUMORES ESTROMAIS GASTROINTESTINAIS (GIST)
Os Tumores Estromais Gastrointestinais (GIST) são tumores raros, que se iniciam nas células intersticiais de Cajal da parede do trato gastrointestinal (GI) ou digestivo. As células intersticiais de Cajal são uma parte do sistema nervoso autônomo, que regula processos corporais, como a digestão dos alimentos, e são chamadas de marca-passo do trato gastrointestinal porque enviam sinais aos músculos do sistema digestivo, de quando devem se contrair para impulsionar os alimentos e líquidos através do
trato digestivo.
O GIST pode se originar em qualquer órgão do trato gastrointestinal, porém em 50 a 60% dos casos é proveniente do estômago, 20% a 30% do intestino delgado, 10% do intestino grosso (cólon), 5% do esôfago e 5% de outros locais da cavidade abdominal. Em geral, os GISTs nascidos no estômago tendem a ser menos agressivos, sendo que os principais determinantes da agressividade do GIST são: tamanho, seu órgão de origem e o quanto as células estão proliferando.
O GIST é mais comum entre pessoas de 50 a 60 anos de idade, sendo extremamente raro em pacientes até os 20 anos. Justamente por ser raro, deve ser tratado em hospitais oncológicos ou especializados que tenham experiência multidisciplinar na condução e no tratamento dos pacientes com esse tumor.
Fontes: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/sobre-o-cancer/744/171/
https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/gist/gist-o-que-e/
https://www.accamargo.org.br/sobre-o-cancer/tipos-de-cancer/gist-tumor-estromal-gastrointestinal